8.11.10

Cair em si


Mas hoje eu vi um pássaro. Colorido pássaro. E hoje eu retirei com força o meu pesar. Dancei ao som de seus batuques e com os pés descalços encaixei minha alma. A força do meu espírito se mostrou presente. Um ímpeto pulsar me sobressaltou, quando me peguei diante da amplitude de possibilidades a minha frente. Um choro que vem me lembrar: existe vida.

Retirando o véu branco. E as gaivotas cantam serenas no sol manhoso da manhã. Os raios luminosos vibram suaves nas águas cor-de-mar. As ondas renascem suaves. E a vida em si, vai retirando os corpos, os lixos e o pesar. Hoje o dia amanhece suave na praia. E eu me sento ali, tão inteira a observar o horizonte. Deixando a vida ser, na sua grandiosidade. Em sua benevolência de me permitir tanta evolução. E mesmo no meio do turbilhão, quantos presentes recebi. Assim, como se fosse 2 de fevereiro!

Iemanjá vem, e repousa seu manto em mim. Com toda a força de guerreira. Com o semblante sereno de uma onda de rio. Meu coração cresce forte. Tão forte que explode lágrimas. Cada gota de água que sai de meus olhos carrega o amor por uma pessoa. Explode em mim GRATIDÃO. Sendo assim, sei que a vida está de volta.


"Ás vezes parece um tambor. Mas não é tambor nem nada. É o coração!" (djavan)