15.7.10

Que pode ser tão raro, que não pode ser incluso na lista dos “Desapegos”?

É o fluxo da vida e nada posso fazer para impedi-lo ou retardá-lo.
Permito-me passar o tempo necessário de “luto” pelos finais e mudanças que ocorrem.
É preciso sentir a dor do fim para iniciar em outro caminho.
Tenho raízes aéreas e entendo que nenhuma pessoa pertence a outra,
e ninguém pertence há somente um lugar no mundo.
Considero-me uma cidadã do mundo, com todo o direito de ir e vir, de seguir em frente e buscar e de voltar atrás quando parece-me apropriado.
Lembro-me com nostalgia de despedidas e finais, mas não me arrependo das escolhas que fiz, nem mesmo das erradas.
Olho para o longo caminho que ainda vou percorrer e sinto um misto de excitação e tranqüilidade.
As oportunidades se apresentam a nós quando estamos prontos para reconhecê-las.

(Marla de Queiroz)

14.7.10

Uma certa saudade burra

Imaterialidade. Máquina de fumaça. Esfarela feito bolacha waffer. Desintegra como esqueleto de desenho. Chacoalhou para sumir na tela mágica. Projeção sem foco. Something is missing. O dia que nunca chega. Existe sem existir de fato. Ausência. Conclui-se então que toda saudade é burra, irreal e mentirosa.