1.6.08

o fim. de não tratar como mulher.

...
e por qual razão?
que a dor rasga o peito liberando lágrimas de desespero.
que o sofrimento é tão grande naquele momento
que o corpo todo se contrai
que a alma toda se vai
ficando quietinha até o amanhecer.
que novamente lágrimas negras escorreram do meu coração
num pedido de amor
numa voz trêmula de tanta dor.
Que a vida mostra-se divinamente presente
com jóias a serem lapidadas
e eu peço perdão.
Por qual razão?
A cada dia construo o melhor em mim.
E me desculpe, mas eu sou divinamente humana.
Quem nunca mereceria um gesto de perdão?
Que alvo de rancor seria, para você nunca entregar o seu perdão?
A vida une, você a mim,
e assim vamos, seguindo nos passos da Grande Mãe.
e eu sempre serei digna de receber um sorriso
sempre me manterei erguida na sabedoria do meu valor.
Com o genuíno desejo de servir, a quem quer que seja,
por um sentimento muito maior.
Caminho em meu aprimoramento, onde o sofrer é a minha opção.
E que escolho fazer diferente, com a mesma situação.
Não posso mais.
continuar violentando a minha luz feminina.
Escolho ser mulher. Com toda a minha dor. Com todo o meu amor.
...
Escolho ser melhor. Na minha força positiva. Na postura de bailarina.
E quem seria a pessoa que te viraria as costas quando te encontrar caída num dos vales da vida?
Alguém a quem abençoar. Com todo o amor que puder sentir.
Com todo o amor que eu conheço.
Que é por esta pessoa que eu lapido o meu ser. Descobrindo o que há de melhor em mim.
Escolho aprimorar.

Não sofro mais.

E agradeço, esta força maior. De amor.

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